palavras do Guruji
viagens pelo mundo afora e pelo universo dentro de mim
"Você não precisa viajar a um lugar remoto para buscar a liberdade; ela habita seu corpo, seu coração, sua mente, sua Alma. A emancipação iluminada, a liberdade, a pura e imaculada felicidade estão a sua espera, mas você precisa escolher embarcar na jornada interior para descobri-las."
B.K.S. Iyengar em Luz na Vida
"Você não precisa viajar a um lugar remoto para buscar a liberdade; ela habita seu corpo, seu coração, sua mente, sua Alma. A emancipação iluminada, a liberdade, a pura e imaculada felicidade estão a sua espera, mas você precisa escolher embarcar na jornada interior para descobri-las."
B.K.S. Iyengar em Luz na Vida
25 de novembro de 2008
Adho Mukha Vriksasana e cinema
Estou filmando carros (muitos deles!) em um estúdio no Cambuci há uma semana e coisas muito curiosas tem acontecido. Antes de entrar no estúdio, estava bem assídua com minha prática de yoga. Desde o último workshop de formação, a Macaca (veja blog nos meus favoritos) está fluindo e o que parecia uma idéia maluca está tomando forma. Estou bem feliz!
Nesta última semana, não está rolando de ir praticar na Macaca, uma pena! Começo a trabalhar cedinho e depois que encerro as filmagem, ainda tenho um monte de coisas para organizar para o dia seguinte. Bem puxado!
Noite destas, tive um sonho engraçado. Eu estava praticando parada de mão contra a parede. E eu ficava de ponta cabeça muitas e muitas vezes. Entrava com uma perna de cada vez, com as duas juntas flexionadas, usava uma tábua pro pulso, pranchas em baixo das mãos, dos pés...
Acordei animada como se eu tivesse mesmo feito aquela prática e durante o dia era só ver uma parede livre pra eu praticar. Fiz Adho Mukha Vriksasana várias vezes, no estúdio, no corredor, no refeitório — estava mais pesada do que no sonho e entrar na postura não foi tão fácil, é verdade, mas foi muito bom!
Cheguei em casa mais cedo e antes de abrir o computador para preparar a diária de filmagem seguinte, fiz uma prática bem gostosa com muitas invertidas (Sirsasana, Adho Mukha Vriksasana, Sarvangasana e Viparita Karani). Fiz todas as variações de parada de mão do sonho e pela primeira vez, consegui descer com as pernas estendidas, unidas e totalmente sob controle... Sentindo bem o peso do mundo nas minhas mãos.
Dormi gostoso nesta noite, dormi um sono profundo, sem sonhos.
12 de novembro de 2008
5 de novembro de 2008
desabafo - sem foto
“A Terra perdeu, em pouco mais de um quarto de século, quase um terço de sua riqueza biológica e recursos, e no atual ritmo, a humanidade necessitará de dois planetas em 2030 para manter seu estilo de vida, advertiu hoje o Fundo Mundial para a Natureza. A demanda da população excede em cerca de 30% a capacidade regeneradora da Terra, segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado por esta organização ambientalista a cada dois anos sobre a situação ambiental dos ecossistemas.”
Recebi um e-mail já há uns dias com este texto. Acabei de ler e fiquei pensando... Ontem assisti o programa da Oprah no GNT. Peguei o programa pela metade, mas o assunto era a votação de uma certa lei na Califórnia que obrigaria os criadores de animais de corte daquele Estado americano a criá-los de forma orgânica, isso é de maneira menos cruel. Ouvi os dois lados da questão. De um lado os tradicionais "criadores" (a palavra mais correta seria "matadores") alegando que com a aprovação da nova lei, todos entrariam em falência e os preços das carnes subiria consideravelmente. De outro lado, os representantes das fazendas "orgânicas" defendendo o melhor tratamento empregado aos animais.
Eu, pessoalmente, não concordo nem com um, nem com outro método. Mas como nem todos conseguem (ou não querem) adotar uma dieta vegetariana, e se é inevitável o “criar para comer depois”, que no mínimo, os animais vivam decentemente, em ambientes saudáveis juntos de suas crias, bem alimentados, em espaços amplos e agradáveis.
O que me chamou muito a atenção foi que nem por um momento foi discutida a necessidade da população de, se ainda não é possível parar de vez, pelo menos diminuir e muito a quantidade do consumo de carnes. A equação é simples: muita procura gera muita produção e incentiva a criação das chamadas fazendas-fábricas de carne, onde os animais vivem estressados, amontoados e infelizes. Aqui vale o comentário: o dono de uma criação de porcos disse que não saberia medir a felicidade de seus animais. Mesmo assim, este senhor, que cria suas porcas trancadas em “celas” de 2 metros por 1, sendo que elas têm 1.80 metros de comprimento, acredita que elas estejam ao menos confortáveis (!?).
Mudando a maneira de criar os animais, com mais espaço, “felizes” no pasto, os preços teoricamente subiriam, mas se + pessoas pagarem + para ter estes produtos orgânicos à mesa, teoricamente também, os preços cairiam. O que o povo quer é continuar a consumir a quantidade absurda de carne que vem consumindo, pagando baratinho, baratinho e ainda não judiando muito dos animais para que consigam dormir mais tranquilamente à noite.
O que tem que começar a ser questionado é o que o texto entre aspas acima nos chama a atenção.
A Terra não consegue suprir as expectativas de uma civilização altamente consumista como a que existe hoje. As produções em larga escala que bombardeiam as plantações dos alimentos com uma porrada de agrotóxicos exaurindo a terra até o último respiro vem provando que estão completamente por fora da nova ordem mundial.
É difícil de entender como as pessoas podem continuar comendo “foie gras” (fígado gordo), que é o fígado de um ganso ou pato que foi super-alimentado; ou a macia vitela (baby beef), que é a carne de bezerros machos que vivem confinados, depois de saberem a origem destas “iguarias”. E não são só as carnes o problema; ovos e leite também. Vocês sabiam que o baby beef foi “inventado” para aproveitar os bezerros machos que nasciam das vacas leiteiras, que antes eram sacrificados logo que nasciam e não geravam lucro nenhum? Agora eles são separados das vacas, que reclamam a falta deles, são colocados em celas minúsculas para que não se movimentem. Alimentados com uma dieta líquida muito pobre em ferro (tudo pela maciez da carne!), precisam ser carregados para o abate, porque não conseguem andar nem para a morte...
Estou muito triste com tudo isso! E este é o meu desabafo!
Recebi um e-mail já há uns dias com este texto. Acabei de ler e fiquei pensando... Ontem assisti o programa da Oprah no GNT. Peguei o programa pela metade, mas o assunto era a votação de uma certa lei na Califórnia que obrigaria os criadores de animais de corte daquele Estado americano a criá-los de forma orgânica, isso é de maneira menos cruel. Ouvi os dois lados da questão. De um lado os tradicionais "criadores" (a palavra mais correta seria "matadores") alegando que com a aprovação da nova lei, todos entrariam em falência e os preços das carnes subiria consideravelmente. De outro lado, os representantes das fazendas "orgânicas" defendendo o melhor tratamento empregado aos animais.
Eu, pessoalmente, não concordo nem com um, nem com outro método. Mas como nem todos conseguem (ou não querem) adotar uma dieta vegetariana, e se é inevitável o “criar para comer depois”, que no mínimo, os animais vivam decentemente, em ambientes saudáveis juntos de suas crias, bem alimentados, em espaços amplos e agradáveis.
O que me chamou muito a atenção foi que nem por um momento foi discutida a necessidade da população de, se ainda não é possível parar de vez, pelo menos diminuir e muito a quantidade do consumo de carnes. A equação é simples: muita procura gera muita produção e incentiva a criação das chamadas fazendas-fábricas de carne, onde os animais vivem estressados, amontoados e infelizes. Aqui vale o comentário: o dono de uma criação de porcos disse que não saberia medir a felicidade de seus animais. Mesmo assim, este senhor, que cria suas porcas trancadas em “celas” de 2 metros por 1, sendo que elas têm 1.80 metros de comprimento, acredita que elas estejam ao menos confortáveis (!?).
Mudando a maneira de criar os animais, com mais espaço, “felizes” no pasto, os preços teoricamente subiriam, mas se + pessoas pagarem + para ter estes produtos orgânicos à mesa, teoricamente também, os preços cairiam. O que o povo quer é continuar a consumir a quantidade absurda de carne que vem consumindo, pagando baratinho, baratinho e ainda não judiando muito dos animais para que consigam dormir mais tranquilamente à noite.
O que tem que começar a ser questionado é o que o texto entre aspas acima nos chama a atenção.
A Terra não consegue suprir as expectativas de uma civilização altamente consumista como a que existe hoje. As produções em larga escala que bombardeiam as plantações dos alimentos com uma porrada de agrotóxicos exaurindo a terra até o último respiro vem provando que estão completamente por fora da nova ordem mundial.
É difícil de entender como as pessoas podem continuar comendo “foie gras” (fígado gordo), que é o fígado de um ganso ou pato que foi super-alimentado; ou a macia vitela (baby beef), que é a carne de bezerros machos que vivem confinados, depois de saberem a origem destas “iguarias”. E não são só as carnes o problema; ovos e leite também. Vocês sabiam que o baby beef foi “inventado” para aproveitar os bezerros machos que nasciam das vacas leiteiras, que antes eram sacrificados logo que nasciam e não geravam lucro nenhum? Agora eles são separados das vacas, que reclamam a falta deles, são colocados em celas minúsculas para que não se movimentem. Alimentados com uma dieta líquida muito pobre em ferro (tudo pela maciez da carne!), precisam ser carregados para o abate, porque não conseguem andar nem para a morte...
Estou muito triste com tudo isso! E este é o meu desabafo!
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