palavras do Guruji

viagens pelo mundo afora e pelo universo dentro de mim


"Você não precisa viajar a um lugar remoto para buscar a liberdade; ela habita seu corpo, seu coração, sua mente, sua Alma. A emancipação iluminada, a liberdade, a pura e imaculada felicidade estão a sua espera, mas você precisa escolher embarcar na jornada interior para descobri-las."
B.K.S. Iyengar em Luz na Vida

16 de junho de 2013

sobre B.K.S. Iyengar e contentamento


A chuva das monções que chegou mais cedo esse ano em Pune, me convida a reflexão. Estou sozinha no apartamento, minha flatmate saiu pra comprar leite fresco. Dia sim, dia não preparamos iogurte caseiro. Delicioso! Também estou desenvolvendo minhas aptidões com os chapatis, que começam a sair mais redondinhos. Mas, isso fica pra um outro post. Nesta tarde chuvosa e fresca quero escrever sobre B.K.S. Iyengar e contentamento.

Sonhei com o Iyengar dia desses e foi um presente muito agradável. Ele estava me ensinando algumas posturas e me recomendava uma variação de Urdhva Mukha Svānāsana que nunca vi. Ele me perguntava o nome de uma postura e eu me sentia mal por não saber a resposta, me desculpava e pensava comigo que precisava estudar mais. Ele sorria, compassivo, e interrompia nossa conversa em inglês pra falar em marati com outros professores. No final, ele me presenteava com uma moto e eu dizia muito agradecida que buscaria no dia seguinte porque estava de carro e não tinha onde deixá-lo. 

Foi durante uma das praticas pessoais da semana passada que senti uma enorme gratidão por B.K.S. Iyengar. Acho que foi ao passar por ele na sala, quando ele estava terminando sua pratica em Savāsana com apoio, que pude dar uma boa olhada pra ele. Sempre olho meio rapidamente procurando não me demorar muito. Fiquei uns bons instantes parada ali, ao lado das estantes onde os bolsters são guardados. Eu tinha uma boa visão dele, mas ninguém podia ver que eu estava ali encarando o Guruji, coisa que me deixaria envergonhada. Ele exalava serenidade, contentamento e um estado de profunda meditação.

O costume aqui é fazer reverência ao Guru, aquela completa onde agachamos até tocar os pés do mestre, como sinal de respeito e agradecimento. Confesso que fiquei meio sem jeito na primeira vez em 2009. De lá pra cá, vi muitos alunos aqui na Índia reverenciando seus mestres e me acostumei. Na semana passada, Iyengar sentou na plataforma pra invocação do mantra antes da “Remedial Class”. Os professores do Instituto foram até lá fazer a reverência se curvando a ele. Fiquei meio no vou ou não vou e decidi ir também. Cheguei bem pertinho, toquei seus pés com ambas as mãos enquanto ele dizia Namaskar. Encontrei um belo sorriso que me encheu de alegria quando direcionei meus olhos aos dele; e um olhar vibrante e profundo e ao mesmo tempo carinhoso. Pra alguns leitores minhas palavras podem soar meio piegas, mas simples encontros como este podem nos tocar profundamente. As experiências mais marcantes não são necessariamente hollywoodianas, com fogos de artifício e efeitos especiais. Elas estão em momentos como este em que sentimos uma enorme, indescritível e inexplicável, conexão com o todo. Meu coração se encheu de contentamento.


संतोषादनुत्तम: सुखलाभ: ।४२।
YS II.42 santoāt anuttamaḥ sukhalābhaḥ 

Do contentamento e benevolência de consciência vem a suprema felicidade

15 de junho de 2013

yoga e o fim do apego


Um pouco de filosofia do yoga e de como nos tornamos melhores pessoas através da pratica regular de āsana-s e prāāyāma-s.

Traduzido livremente do livro “Mobility in Stability” (Mobilidade na Estabilidade) de Geeta S. Iyengar

Pergunta de um aluno: “Gostaríamos de saber sobre os 5 tipos de vairāgya-s.”

Geetaji: “Não existe cinco tipos de vairāgya como não existe tipos de yoga. Há apenas um vairāgya e um yoga. Vairāgya possui duas palavras – vi e rāga. Vi significa sem ou ausência e rāga significa colorido, apego. Não ter cor ou apego significa virāga e de virāga vem a palavra conceitual vairāgya. Somos tão apegados ao mundo ao nosso redor que não nos separamos dele. Nós, a todo momento, nos identificamos com ele. Nossa existência não é separada do mundo. Desistir do apego e realmente desapegar dele não é tarefa fácil. Nosso envolvimento com o mundo ao nosso redor é tão grande que a dissociação é impossível. Renúncia do mundo também não é possível porque estamos inseridos nele. O peixe permanece na água, ele não pode abandonar a água, pois a morte é certa. Similarmente, não podemos abandonar esse mundo até que a morte aconteça. No entanto, mesmo depois da morte os saskāra-s são carregados para frente, pra próxima vida, assim, não há fim a isso.

Mas Patañjali diz que somente com vairāgya podemos nos dissociar do mundo. Vairāgya é um processo no qual a pessoa tem que se auto-disciplinar para que o não apego comece a acontecer e as obsessões sejam erradicadas gradualmente.

A princípio, quando alguém começa a praticar āsana e prāāyāma esses aspectos devem ser praticados pelo sādhaka (praticante). Para o sādhaka que se engaja nessa empreitada de fazer āsana e prāāyāma, a dissociação parcial começa.

Veja só, se você tem que ir a uma aula conduzida por seu professor, você não deixa de lado todas as outras atividades pra fazer a aula de yoga? Quanto mais você pratica regularmente, todo dia há um gradual não envolvimento em outras atividades que se mostram fúteis . Obviamente, o envolvimento na sādhanā (pratica) cresce. Então vem um tempo no qual você não quer abandonar sua sādhanā. Muitas vezes, seus hábitos alimentares mudam. A regulação se estabelece por si mesma. Seu sistema se torna compelido e recusa comer coisas que te atrapalham ou que não são necessárias. A língua não mais aprecia essas comidas. Como aqueles que não comiam nada além de carne começam a sentir-se enjoados diante dela? Isso não é algo surpreendente.

O segundo ponto é, como a pessoa começa a ter um senso de responsabilidade? Antes de praticar, a indiferença fazia com que você evitasse a responsabilidade que precisava ter. Mas depois de disciplinar-se você percebe que não pode e não deve evitar suas responsabilidades. Esta é a grande mudança.

Quando a pratica de āsana-s e prāāyāma-s se torna intensa, a disciplina de yama e niyama (condutas morais e auto observâncias, primeiros 2 membros do Aṣṭaga Yoga de Patañjali)*, se estabelece porque a qualidade da mente muda. De fato, sua abordagem  em relação à sādhanā de āsana-s e prāāyāma-s deve ser tal que as considerações mentais permanecem direcionadas a adoção de yama e niyama. Os princípios de yama e niyama são tamanhos e treinam a mente gradualmente para decidir o que deve ser abandonado e o que deve ser retido para o maior desenvolvimento na sādhanā. Nesse sentido, todo o sistema físico e mental da pessoa começa a mudar. A transformação começa a acontecer. A adoção de yama e niyama reduz o envolvimento do praticante com o mundo ao redor. Ele escolhe se envolver quando necessário. A prática de āsana-s e prāāyāma-s faz com que ele desenvolva a auto-interrogação, o auto-estudo e a auto-observação. Ele vai perdendo interesse gradualmente pelas questões mundanas  desnecessárias e indesejáveis. Não quero dizer que ele rompe com seus familiares e amigos. Ele não permanece isolado. Não é uma abordagem negativa. Ao invés disso, ele começa a entender seus próprios hábito faltosos e suas ações errôneas. Seus sentidos começam a se retirar. O comportamento e o caráter da pessoa se purificam e refinam.

Os órgãos de ação e os sentidos de percepção se disciplinam. O sādhaka percebe que toda sua vida pregressa passou engajado em aproveitar desse mundo que era tão atrativo. Agora ele percebe o quão fútil é tudo isso. De fato, todos os órgãos de ação e os sentidos de percepção tem seus próprios objetos de prazer e a respectiva atração que é óbvia. A natureza dos órgãos e sentidos é pra fora. Por isso, leva algum tempo até que cada um deles aprendam a se recolher, porque todos os 10 não podem serem controlados de uma única vez. A mente por trás dos sentidos não é controlada de uma única vez. Novamente, os objetos de prazer dos sentidos são diferentes. Esse primeiro estágio de controle é através dos órgãos de ação e dos sentidos de percepção e esse estágio de vairāgya é chamado de yatamāna sajñā vairāgya. Yatamāna significa marchar em direção ao objetivo, que é vairāgya. É o início do esforço nessa direção.

Geralmente existe uma noção errônea que desta forma a pessoa conquistou os dez órgãos de ação e sentidos de seus objetos de prazer. Se o sādhaka permanecer tendo essa noção errônea vai ser ludibriado por ela. Portanto sua obrigação é checar-se constantemente. O desejo pode permanecer encoberto e portanto desconhecido. Então o praticante deve checar-se. Isso é chamado de vyatireka sajñā vairāgya. Vya significa encoberto e atireka significa excesso ou redundância, isso é, qualquer apego que ainda tenha permanecido não reduzido tem que ser observado e checado novamente. É um processo de verificação atenta para se ter certeza de que no nível dos órgãos dos sentidos e ações nada errado seja feito. Os karmendriya-s (órgãos de ação) e os jñānendriya-s (sentidos de percepção) são levados a seguir o caminho do não desejo.

Então vem o nível de ekendriya. Os karmendriya-s são braços, pernas, órgão da fala, órgãos genitais e órgãos excretores e os jñānendriya-s são ouvidos, nariz, língua, olhos e pele. Todos eles tem sua própria maneira de aproveitar os objetos do mundo. Os órgãos de ação se envolvem nas ações para aproveitar e satisfazer os desejos escondidos; e os sentidos experimentam e sentem esses desejos para armazená-los no arquivo da memória. Agora, o que faz eles aproveitarem dos objetos? De onde isso se origina? É originado de vāsanā — o desejo profundo. Esse desejo inerente expressa-se através da mente. A mente se torna primeiramente  instrumento e instiga os órgãos de ação e sentidos de percepção a realizarem os desejos que existem desde tempos imemoriais, porque vāsanā é também eterno.

Quando esse processo de prender inicia a partir dos cinco sentidos e dos cinco órgãos através de yatamāna e vyatireka, é tempo da mente participar conscientemente a fim de erradicar esses desejos fracos. A mente deve se tornar sem desejos e dissociar-se dos objetos de prazer. Isso é chamado de ekendriya sajñā vairāgya.

No quarto estágio, todos os 11 sentidos são subjugados (cinco sentidos, cinco órgãos e mente). Eles permanecem livres de apegos. Eles não buscam mais o prazer. A pessoa não sente nenhuma atração em direção a ele. Esse desapego é conhecido como vaśīkāra sajñā vairāgya.

A partir desse ponto, o sādhaka tem que dar um grande salto e trazer a verdadeira transformação. Os três gua-s ou qualidades, chamadas sattva, rajas e tamas são herdadas no nascimento e formam nossa própria natureza. A experiência dos prazeres ao nosso redor, fisicamente ou mentalmente, dependem dos gua-s natos do sādhaka. O sādhaka tem que se livrar dessas tendências natas. Ele precisa saber que a causa raiz está nas qualidades. Portanto ele precisa progredir em direção a sattva gua conquistando rajas e tamas e finalmente se livrar de todos os gua-s. Essa empreitada para se livrar de todos os três gua-s é chamada de para vairāgya. No entanto, alguém vai além dos trigua-s quando a auto realização acontece.

A conquista das tendências de ir atrás dos prazeres tem que ser feita desta maneira. Portanto a fim de se tornar sem desejos, tem de haver mobilidade para ir para a estabilidade. Estes não os são tipos de vairāgya, e sim o procedimento para conquistá-los que você como praticante de yoga precisa lembrar.”

* O Aṣṭaga Yoga de Patañjali é costituído de: yama, niyama, āsana, prāāyāma, pratyāhāra, dhāraā, dhyāna e samādhi.

11 de junho de 2013

o dia a dia em Pune


Depois de uma semana, já estou completamente adaptada à rotina de práticas e estudos aqui em Puna.
As aulas com Prashantji são às 7 da manhã. As aulas de asanas com Geetaji são às 9h30 e o Pranayama às 18h. Nos dias das aulas às 7, temos horário pra prática pessoal das 9h (assim que acaba a aula) até ao meio dia. Nos dias de aula com Geetaji, o tempo pra prática pessoal é menor, à tarde das 16h às 17h45.
Pagando US$ 100 extra, podemos assistir quantas aulas a mais quisermos. Tenho acompanhado as Remedial classes e as aulas regulares de todos os níveis.
Fiquei impressionada e muito feliz com o aumento do número de alunos indianos nas classes regulares comparando com minha última vinda pra cá em 2009.
Na semana passada, assisti a uma aula de Iniciantes na sala maior. Devia ter mais de 30 alunos (!!!) e quando o professor perguntou quantos estavam ali pela 1ª vez, uns 15 levantaram as mãos. De todos eles, apenas uns cinco estrangeiros. Muito bacana! As aulas na sala de cima, menor, (assisti a aulas do Intermediário I lá), também estão sempre cheias.
O Guruji está sempre praticando durante nossa prática pessoal. Vira e mexe, ele começa a ensinar sua neta ou alguma outra pessoa mais próxima. É impressionante como a energia da sala muda quando ele está por perto, a presença dele é tão vibrante que mesmo do outro lado da sala dá pra sentir. E eu quase não acredito quando vou pegar algum material e percebo que o praticante pelo qual acabei de passar é o próprio Iyengar em uma postura invertida e um timer em frente aos olhos. Uau! Sou muito grata pelas oportunidades de beber da fonte, de acompanhar a rotina da família Iyengar e do Instituto, de conhecer tantos praticantes e professores dedicados; de poder mergulhar mais profundamente no yog (como diz Prashant); de respirar com consciência; de aprender e poder estudar o aprendido!

Na Índia, o ano letivo começa em Junho. Esta é a grade de horários até Abril 2014.

Sri Patañjali na sala de prática

Sala de prática hoje cedo, ainda bem vazia, antes da aula com Prashantji

5 de junho de 2013

Guruji em Bhujaṅgāsana II

As aulas com o Prashant são sensacionais e começam às 7 da manhã. Ao terminar às 9, dou uma passada no meu apartamento pra comer alguma coisa. Antes da aula só tomo um xícara de Chai. Todas as manhãs, encontro o Guruji sentado em um banco na frente da casa dele. É uma delícia ir lá pertinho, fazer a reverência tocando seus pés enquanto ele responde com um Namaskar sorridente. Fico toda emocionada e saio do Instituto feliz da vida!
Volto em seguida para a pratica pessoal que vai até ao meio dia.

Durante a pratica pessoal de ontem, tive uma linda surpresa. Estava bem concentrada na sequência que tinha preparado, quando me chamaram pra ver algo. Era o Guruji, do outro lado da sala, com o peito contra a parede das kuruntas, fazenda Bhujagāsana II. Tirar a câmera da bolsa para registrar o momento nem pensar, então se você não conhece a postura vai ter que dar uma olhada no “Light on Yoga” (Plate 550) ou aqui mais abaixo.

Quem sabe do estou falando, também sabe a dificuldade da postura (na escala usada no livro que vai da mais simples que é 1 até a mais complicada que é 60, Bhujagāsana II é 37). Aqui vai uma pequena descrição: ele tinha o tronco completamente perpendicular ao solo (como na foto), paralelo a parede, ombros completamente para trás e as mãos tocando as pernas no nível dos joelhos. Abertura máxima do peito, cabeça pra trás, pernas unidas e completamente estendidas (!!). E lembrem-se que ele completou 94 anos em Dezembro último. O mais lindo: ele estava totalmente tranquilo, movendo-se graciosamente e fazendo variações com os braços depois de um certo tempo na postura. Agradesço a honra de poder estar tão perto!

A postura é essa acima.


2 de junho de 2013

chegada em Pune


Acabei de voltar ao meu apartamento. Desci a pouco com minha câmera fotográfica pra registrar a fachada do Instituto. Minha idéia era publicar a foto aqui, mas um porteiro e um policial muito simpáticos me falaram que tirar foto do Instituto não é permitido por motivos de segurança. Em 2009 ouvi falar disso, mas apesar da proibição todos meus amigos que vem pra cá — acho que inclusive eu — tem a tradicional foto posando sorridente ao lado da placa do Instituto. Desde minha última vinda pra cá as normas e a fiscalização ficaram mais rígidas, especialmente depois de um atentado a bomba aqui em Pune em 2010 na popular German Bakery do Koregon Park. Estava na Índia na época, no Norte, estudando com os Chanchani, mas muitos amigos estavam aqui e foi horrível. Parece que os lugares com grandes concentrações de estrangeiros são possíveis alvos de grupos extremistas. Bom, sou só sorrisos e alegria hoje e não estou com a menor disposição pra discutir — apesar de ter visto agorinha mesmo no Facebook as fotos de 3 amigos na portaria do Instituto. Deixo pra lá, converso um pouco com eles, me despeço e volto pra escrever.


Desta vez, a chegada em Pune foi muito cansativa! Sai de São Paulo em um vôo às 18h, que atrasou em uns 40 minutos. A primeira etapa até Johannesburg, na África do Sul, foi mais tranquila, deu pra dormir bastante e bater papo com a Zilda, corredora de ultramaratona, que veio sentada ao meu lado. Começamos a conversar e lá pelas tantas fiquei sabendo que ela estava indo pra Durban participar de uma corrida muito famosa, a Comrades Marathon de mais de 85km (!!), que começou hoje às 5 da manhã. Juntou a fome com a vontade de comer, eu supercuriosa e ela cheia de histórias pra contar, e fiquei sabendo tudo sobre maratonas, ultramaratonas, treinos, dietas, competições e perrengues.

O mais difícil foi a outra etapa da viagem, Johannesburg até Mumbai. Em junho começa o ano escolar na Índia. Imagina como estava o avião: lotado de famílias voltando das férias! Pra piorar, meu assento era no corredor perto dos assentos de um grupo de indianos felizes e seus filhos pequenos e barulhentos. Pra mim, era um vôo de dia. Eu tinha acabado de chegar do vôo noturno, o que piorou muito, porque eu não estava com sono. Foram 8 horas e meia arrastadas.

Na chegada em Mumbai, mais filas: pra passar pela fiscalização da imigração indiana (volta das férias!); pra tirar dinheiro; pra pegar o shared taxi pra Pune. Finalmente no carro, bem confortável com ar condicionado no último, pois fazia 30ºC à 1 da manhã em Mumbai, um pouco mais de perrengue no trânsito na estrada cheia de caminhões.

Finalmente às 5 e pouco da manhã, o motorista me deixa na garagem do apartamento que estou alugando (o que fica bem em frente ao Instituto). Minha roommate abriu a porta com o maior sorriso, apesar de eu ter tirado ela da cama tão cedo. Às 6h já estava deitada morta e só acordei às 13h, descansada e feliz por ter chegado bem!