palavras do Guruji

viagens pelo mundo afora e pelo universo dentro de mim


"Você não precisa viajar a um lugar remoto para buscar a liberdade; ela habita seu corpo, seu coração, sua mente, sua Alma. A emancipação iluminada, a liberdade, a pura e imaculada felicidade estão a sua espera, mas você precisa escolher embarcar na jornada interior para descobri-las."
B.K.S. Iyengar em Luz na Vida

8 de fevereiro de 2010

Jaya Ganga!

Domingo não temos prática de yoga com a Usha e a sala fica fechada até para a prática pessoal. Holiday: decidimos tomar banho no Ganges! Esperava por esse momento desde a saída do Brasil. Na outra viagem quando conheci Rishikesh estava muito frio, vim pra cá a primeira vez em janeiro. Molhei os pés e nem cogitei entrar na água de tão fria que estava.
Desta vez, vim preparada. Ouvi dizer de quem veio em fevereiro que dava pra entrar, sim. Escolhemos um lugar mais tranqüilo bem pra lá da Laxmi Jula. Um pouco mais longe dos olhares curiosos dos indianos. Levei dois tecidos de algodão longos, um para eu entrar na água enrolada nele (biquíni nem pensar, as mulheres entram na água vestidas) e outro pra me secar.
Mesmo distante das “praias” e ghats mais populares, não deu pra escapar de um grupo de curiosos que foi só nos ver chegando perto da água, pra ficar espiando de trás de uma árvore mais acima do morro. Dei uma olhada pra eles de repente e percebi uma câmera fotográfica apontada pra gente. O rapaz me viu olhando e na hora apontou a câmera para o alto, disfarçando. Eles também usam desse artifício quando não querem ser flagrados nos fotografando. Achei engraçado!
A Márcia entrou de uma vez, sem pensar muito. Eu, por outro lado, preciso entrar em águas muito frias bem aos poucos. Mergulho direto, nem pensar. Primeiro entrei até as canelas, que doeram de frio, e sai. Voltei a entrar e molhar as coxas. Mais umas três investidas molhando os pulsos, pescoço, cabeça e reuni a coragem pra mergulhar. Uau, que delícia!
Voltei a entrar mais algumas vezes até a minha cabeça reclamar da friagem com umas pontadas. Agradeci as águas puras do Sagrado Ganga (em Rishikesh o rio ainda é cristalino de um verde jade maravilhoso!). Pensei nos muitos Rishis, Renunciantes, Buscadores, e nas tantas gentes comuns, assim como eu, que já se banharam e se banham nessas águas todos os dias nos últimos milênios. Pensei em toda a vida que o rio trás e nas muitas impurezas que ele leva. Sorri satisfeita!



2 comentários:

Carline :) disse...

Vocês estão iluminadamente lindas! Hoje fiz aula na Macaca e encontrei a Ana, mandando ver nas retroflexões. Beijo, com muitas saudades!

Lu Gomes disse...

Dani, o Ma disse que você tá parecendo a Iara mãe d´agua.
Você tá linda!
Beijus
Lu Gomes e Manoel