Acabei de voltar ao meu apartamento. Desci a pouco com minha câmera
fotográfica pra registrar a fachada do Instituto. Minha idéia era publicar a
foto aqui, mas um porteiro e um policial muito simpáticos me falaram que tirar foto
do Instituto não é permitido por motivos de segurança. Em 2009 ouvi falar
disso, mas apesar da proibição todos meus amigos que vem pra cá — acho que
inclusive eu — tem a tradicional foto posando sorridente ao lado da placa do Instituto.
Desde minha última vinda pra cá as normas e a fiscalização ficaram mais rígidas,
especialmente depois de um atentado a bomba aqui em Pune em 2010 na popular
German Bakery do Koregon Park. Estava na Índia na época, no Norte, estudando
com os Chanchani, mas muitos amigos estavam aqui e foi horrível. Parece que os
lugares com grandes concentrações de estrangeiros são possíveis alvos de grupos
extremistas. Bom, sou só sorrisos e alegria hoje e não estou com a menor
disposição pra discutir — apesar de ter visto agorinha mesmo no Facebook as
fotos de 3 amigos na portaria do Instituto. Deixo pra lá, converso um pouco com
eles, me despeço e volto pra escrever.
Desta vez, a chegada em Pune foi muito cansativa! Sai de São Paulo em um
vôo às 18h, que atrasou em uns 40 minutos. A primeira etapa até Johannesburg, na
África do Sul, foi mais tranquila, deu pra dormir bastante e bater papo com a
Zilda, corredora de ultramaratona, que veio sentada ao meu lado. Começamos a
conversar e lá pelas tantas fiquei sabendo que ela estava indo pra Durban
participar de uma corrida muito famosa, a Comrades Marathon de mais de 85km
(!!), que começou hoje às 5 da manhã. Juntou a fome com a vontade de comer, eu
supercuriosa e ela cheia de histórias pra contar, e fiquei sabendo tudo sobre
maratonas, ultramaratonas, treinos, dietas, competições e perrengues.
O mais difícil foi a outra etapa da viagem, Johannesburg até Mumbai. Em
junho começa o ano escolar na Índia. Imagina como estava o avião: lotado de
famílias voltando das férias! Pra piorar, meu assento era no corredor perto dos
assentos de um grupo de indianos felizes e seus filhos pequenos e barulhentos.
Pra mim, era um vôo de dia. Eu tinha acabado de chegar do vôo noturno, o que
piorou muito, porque eu não estava com sono. Foram 8 horas e meia arrastadas.
Na chegada em Mumbai, mais filas: pra passar pela fiscalização da
imigração indiana (volta das férias!); pra tirar dinheiro; pra pegar o shared
taxi pra Pune. Finalmente no carro, bem confortável com ar condicionado no
último, pois fazia 30ºC à 1 da manhã em Mumbai, um pouco mais de perrengue no
trânsito na estrada cheia de caminhões.
Finalmente às 5 e pouco da manhã, o motorista me deixa na garagem do
apartamento que estou alugando (o que fica bem em frente ao Instituto). Minha
roommate abriu a porta com o maior sorriso, apesar de eu ter tirado ela da cama tão cedo. Às 6h já estava
deitada morta e só acordei às 13h, descansada e feliz por ter chegado bem!
Um comentário:
Dani!!! Vou acompanhar sua jornada de pertinho.
Bjus
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