palavras do Guruji

viagens pelo mundo afora e pelo universo dentro de mim


"Você não precisa viajar a um lugar remoto para buscar a liberdade; ela habita seu corpo, seu coração, sua mente, sua Alma. A emancipação iluminada, a liberdade, a pura e imaculada felicidade estão a sua espera, mas você precisa escolher embarcar na jornada interior para descobri-las."
B.K.S. Iyengar em Luz na Vida

2 de junho de 2013

chegada em Pune


Acabei de voltar ao meu apartamento. Desci a pouco com minha câmera fotográfica pra registrar a fachada do Instituto. Minha idéia era publicar a foto aqui, mas um porteiro e um policial muito simpáticos me falaram que tirar foto do Instituto não é permitido por motivos de segurança. Em 2009 ouvi falar disso, mas apesar da proibição todos meus amigos que vem pra cá — acho que inclusive eu — tem a tradicional foto posando sorridente ao lado da placa do Instituto. Desde minha última vinda pra cá as normas e a fiscalização ficaram mais rígidas, especialmente depois de um atentado a bomba aqui em Pune em 2010 na popular German Bakery do Koregon Park. Estava na Índia na época, no Norte, estudando com os Chanchani, mas muitos amigos estavam aqui e foi horrível. Parece que os lugares com grandes concentrações de estrangeiros são possíveis alvos de grupos extremistas. Bom, sou só sorrisos e alegria hoje e não estou com a menor disposição pra discutir — apesar de ter visto agorinha mesmo no Facebook as fotos de 3 amigos na portaria do Instituto. Deixo pra lá, converso um pouco com eles, me despeço e volto pra escrever.


Desta vez, a chegada em Pune foi muito cansativa! Sai de São Paulo em um vôo às 18h, que atrasou em uns 40 minutos. A primeira etapa até Johannesburg, na África do Sul, foi mais tranquila, deu pra dormir bastante e bater papo com a Zilda, corredora de ultramaratona, que veio sentada ao meu lado. Começamos a conversar e lá pelas tantas fiquei sabendo que ela estava indo pra Durban participar de uma corrida muito famosa, a Comrades Marathon de mais de 85km (!!), que começou hoje às 5 da manhã. Juntou a fome com a vontade de comer, eu supercuriosa e ela cheia de histórias pra contar, e fiquei sabendo tudo sobre maratonas, ultramaratonas, treinos, dietas, competições e perrengues.

O mais difícil foi a outra etapa da viagem, Johannesburg até Mumbai. Em junho começa o ano escolar na Índia. Imagina como estava o avião: lotado de famílias voltando das férias! Pra piorar, meu assento era no corredor perto dos assentos de um grupo de indianos felizes e seus filhos pequenos e barulhentos. Pra mim, era um vôo de dia. Eu tinha acabado de chegar do vôo noturno, o que piorou muito, porque eu não estava com sono. Foram 8 horas e meia arrastadas.

Na chegada em Mumbai, mais filas: pra passar pela fiscalização da imigração indiana (volta das férias!); pra tirar dinheiro; pra pegar o shared taxi pra Pune. Finalmente no carro, bem confortável com ar condicionado no último, pois fazia 30ºC à 1 da manhã em Mumbai, um pouco mais de perrengue no trânsito na estrada cheia de caminhões.

Finalmente às 5 e pouco da manhã, o motorista me deixa na garagem do apartamento que estou alugando (o que fica bem em frente ao Instituto). Minha roommate abriu a porta com o maior sorriso, apesar de eu ter tirado ela da cama tão cedo. Às 6h já estava deitada morta e só acordei às 13h, descansada e feliz por ter chegado bem!


Um comentário:

Lu Gomes disse...

Dani!!! Vou acompanhar sua jornada de pertinho.
Bjus